Interior de SP: além de cidadão português, PF investiga intermediadora, advogadas e mães dos bebês traficados

A Polícia Federal (FP) colocou mais pessoas na mira da Operação Deverra, deflagrada no último dia 30 de novembro. Ontem (4), um empresário português, agora identificado como Marcio Mendes Rocha, de 49 anos, foi preso preventivamente. Ele viajou para Portugal com uma bebê recém-nascida e tentava repetir a ação com outra criança, um menino.

Agora novas informações estão sendo reveladas. O empresário alegou à PF que as crianças seriam adotadas por ele no esquema de barriga de aluguel, mas a polícia quer entender se as mães foram aliciadas.

Agente da PF conduz Rocha (foto: Márcio Silveira/EPTV)

A PF revelou ontem que uma das crianças teria sido abandonada pela mãe. Com documentos falsos, Rocha chegou a registrar os dois recém-nascidos como se fossem seus filhos, o que configura crime.

Outros investigados

Além do empresário e das mães, a PF também investiga uma brasileira, que atuaria como secretária do português, e duas advogadas.

Embora tenham dado à luz na Santa Casa de Valinhos, as duas mães eram de cidades diferentes: uma delas era de Marabá (PA), localizada a mais de 2,2 mil km do interior de São Paulo. A outra mãe era de São Paulo (SP). Elas teriam deixado os bebês na maternidade para o homem português, que teria então registrado ambos como filhos.

Foto de capa: Viatura da PF diante da Santa Casa de Valinhos/SP (divulgação/PF)